O DIPLOMA DE BOLSONARO 2: Presidente eleito acerta ao dizer que governará para todos, mas há omissão ao ignorar a diversidade ideológica
Comecemos pelo acerto. Afirmou Bolsonaro:
"A partir de 1º de janeiro, serei o presidente dos 210 milhões de brasileiros. Governarei em benefício de todos, sem distinção de origem social, raça, sexo, cor, idade ou religião."
Qualquer democrata poderia subscrever esse trecho. Mas só se chega aos 210 milhões de brasileiros se Bolsonaro ampliar a diversidade. É preciso não fazer também distinção ideológica. Ou melhor: é necessário que se façam todas as distinções — afinal, "distinguir" tem o mesmo sentido da palavra "discriminar", que quer dizer "separar", "diferenciar". Explico: é preciso que se reconheçam as diferenças justamente para que sejam toleradas e para que não se corra o risco de, sob o pretexto, então, da igualdade, ignorar a diversidade. Não há nada de complexo nesse raciocínio que um democrata genuíno não consiga alcançar.
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