BRUMADINHO E O GOVERNO BOLSONARO 1: Tragédia tem tudo a ver a com a nova gestão. Ela decidirá quantos mais morrerão sob a lama
Poucas horas depois da tragédia de Brumadinho, em Minas, Hamilton Mourão, o vice-presidente, fez questão de destacar que o governo Bolsonaro não tem nada com isso. Pois é… Tem, sim, senhor vice-presidente! E vou dizer de que modo. A rigor, o governo que o senhor integra vai dizer quantos mais vão morrer sufocados e esmagados pela lama.
É evidente que qualquer eventual negligência não pode ser atribuída a uma equipe que está no comando do país há apenas 26 dias — 25 quando o evento se deu. Mas uma informação trazida a público pela imprensa revela a falta de cuidado que se dispensa às questões ambientais, o que, como se nota, se traduz em vidas perdidas e desastres de grandes proporções. Pergunta-se: qual é a metafísica influente desse governo na área? O que temos pela frente?
Informa a Folha:
"A ata da reunião extraordinária do órgão ambiental de Minas Gerais que aprovou em dezembro, de forma acelerada, a ampliação das atividades do complexo Paraopeba, que inclui a mina Córrego do Feijão, mostra que o risco de rompimento, que acabou ocorrendo nesta sexta (25), foi objeto da discussão.
Em 11 de dezembro de 2018 reuniu-se extraordinariamente a Câmara de Atividades Minerárias [Copam], na sede da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, para deliberar sobre a licença para a continuidade das Operações da Mina da Jangada e a continuidade das operações da Mina de Córrego do Feijão."
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