Felizes para o abismo 1: Saída seria semipresidencialismo. Mas não será...
Rodrigo Maia??? Se Jair Bolsonaro tivesse bom senso, dada a desordem, encaminharia uma mensagem ao Congresso — e acho que nem precisaria ser Proposta de Emenda Constitucional, instituindo o semipresidencialismo. Seria só um apelido. Oficialmente, o regime continuaria presidencialista, mas o governo propriamente seria entregue a quem pode conduzi-lo. Rodrigo Maia deveria ser primeiro-ministro. A coisa deveria ficar entregue a quem sabe o que fazer, não a esse bando de amadores, primitivos e truculentos. Mas não se zanguem! Esta é apenas uma proposta para tentar salvar o governo. Que faço até meio a contragosto porque, com efeito, não gosto dessa turma. Por gosto pessoal, pois, poderia dizer: "Que se danem! Mas há o país, não é? Todos sofremos as consequências do desgoverno e sofreremos agruras eventualmente maiores.
Nunca se viu tanta bagunça truculenta em tão pouco tempo. Acompanhada de uma assombrosa cadeia de erros. Houvesse apenas gênios cuidando da área, e a equação já seria difícil porque se trata de tentar conciliar uma agenda liberal, que é a de Paulo Guedes, com a encarnação do delírio reacionário, que é o próprio Bolsonaro. "Tudo farinha do mesmo saco", diria um esquerdista, que sabe ser isso mentira. Mas convenham: não será ele a fazer a distinção quando os próprios liberais não veem mal nenhum em se confundir com o atraso. Antes que avance, uma nota óbvia sobre a imprensa, mas necessária.
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