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Reinaldo Azevedo

O X DA REFORMA 1: Proposta dá 1º passo na CCJ; texto de Guedes está morto

Reinaldo Azevedo

10/04/2019 00h36

A reforma da Previdência deu nesta terça seu primeiríssimo primeiro passo. Bem tímido. Bem modesto. Quase nada. O relator do texto na CCJ, Marcelo Freitas (PSL-MG), conseguiu ler o seu relatório, que ainda precisa ser votado. Embora com restrições aqui e ali, disse não haver inconstitucionalidade na matéria enviada pelo governo. Era o esperado. O Regimento Interno da Câmara lhe permite, se quiser, suprimir trechos do texto. Preferiu não fazê-lo. Para tanto, houve a intervenção do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Embora os que se opõem ao texto tenham feito manobras de obstrução — o que é do jogo —, ele conseguiu concluir a leitura. Há pedidos de vista. E se espera que a votação aconteça no dia 17. O governo — ou melhor: partidos que não são formalmente de oposição — tem a maioria dos 66 votos da Comissão. Ainda assim, os defensores da reforma não esperam obter uma maioria avassaladora no grupo. O que resta de coordenação política ao governo se mobiliza mesmo junto aos que se opõem a partes consideráveis do texto para que votem a favor da admissibilidade. A avaliação é a de que um placar muito apertado logo de cara já marcará uma derrota inicial e condicionará uma reforma ainda mais magra do que esperam os mais pessimistas. Os embates começarão mesmo é na Comissão Especial, que é o palco em que são feitas as emendas. A mais recente pesquisa sobre o tema, feita pela XP Investimentos, é muito pouco animadora. Ela evidencia, e esta conclusão é minha, não da XP Investimentos,  o que já escrevi aqui há tempos: o texto original, de Paulo Guedes, é natimorto. Vamos ver o que vai sobrar.
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Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.