Sem Raquel Dodge, dez procuradores se candidatam para a sucessão à PGR
Dez procuradores da República se inscreveram para disputar o comando da PGR (Procuradoria-Geral da República). As inscrições de candidaturas terminaram às 18h desta quarta-feira (15). Raquel Dodge, cujo mandato na PGR termina em setembro, não se inscreveu.
Dos candidatos, seis são subprocuradores-gerais, último nível da carreira, e quatro, procuradores regionais, que atuam na segunda instância da Justiça Federal.
A eleição interna, realizada pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), está prevista para 18 de junho. Os três mais votados formarão uma lista tríplice que será encaminhada ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), a quem cabe indicar um nome. O escolhido precisa ser sabatinado e aprovado no Senado.
Apesar da ausência de Dodge na eleição, seus pares afirmam que a atual procuradora-geral tem se movimentado para ser reconduzida ao cargo.
A novidade deste ano são os candidatos que, assumidamente, devem disputar a indicação por fora da lista tríplice, como o subprocurador-geral Augusto Aras, que hoje coordena a câmara do MPF responsável por questões econômicas. (…)
A lista tríplice da ANPR vem sendo respeitada por todos os presidentes da República desde 2003, no primeiro governo Lula (PT). Bolsonaro não se comprometeu a segui-la, mas sinalizou a auxiliares jurídicos que vai esperar o resultado da eleição interna antes de escolher um nome para chefiar a PGR.(…)
Por Reynaldo Turollo Jr, na Folha.