Ocupação volta ao período pré-crise; desigualdade e informalidade crescem
Apesar da lenta retomada da economia brasileira e de um longo período de desemprego em alta, a população ocupada voltou aos níveis pré-crise, aponta análise do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O conceito de população ocupada engloba trabalhadores formais, nos setores público e privado, informais, pejotas e quem vive de bico.
Os pesquisadores utilizaram duas bases de dados: Caged, cadastro de trabalhadores formais do Ministério do Trabalho, e a Pnad, pesquisa mensal de emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O número de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em julho deste ano foi de 93,6 milhões, o maior da série histórica iniciada em 2012. O pico antes da crise ocorreu em dezembro de 2014, quando havia 92,4 milhões de ocupados.
Após recessão, ocorreu uma alta no número de ocupados em dezembro de 2018, quando as contratações temporárias costumam crescer para atender a demanda do Natal. Esta é a primeira vez que o número de ocupados cresce em meados do ano. O movimento começou em maio e segue em consistente crescimento.
A melhora dos níveis de ocupação, entretanto, vem acompanhada de um aumento na desigualdade de renda, lenta recuperação do mercado formal e predomínio da informalidade. A taxa de desemprego ainda é elevada e 11,8% dos trabalhadores que buscam uma vaga não conseguem emprego.(…)
Na Folha.