Flávio e Álvaro deixariam PSL em nome da moral? Ou: Estrume, rosa e Horácio
Mas, afinal, o que quer Jair Bolsonaro com essa história de novo partido? O PSL não é reacionário o bastante para ele? É! Com sobras. Mas é obrigado a dividir o poder e o dinheiro na legenda com gente que não é da sua estrita confiança. E estão nessa categoria apenas Flávio Bolsonaro, Carlos Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro. E há a conversa sobre os laranjas, que certamente incomoda. Mas esperem: o filho senador, enrolado com Fabrício Queiroz, iria para a tal nova sigla em nome da moralidade e dos bons costumes? A propósito; se todos os parlamentares peesselistas migrassem para a nova legenda, não se ficaria como naquela ode do poeta latino Horário: "Caelum non animum mutant qui trans mare currunt"? Quem atravessa o mar — isto é, quem viaja — muda de ares, muda de céu, de paisagem, mas não de espírito. A rosa ou o estrume não teriam igual odor caso se chamassem, respectivamente, estrume e rosa? A propósito: Bolsonaro ainda não demitiu Marcelo Álvaro Antônio do Ministério do Turismo. O rapaz seria aceito no partido que abrigaria o presidente? Também ele o faria em nome da moralidade e dos bons costumes?
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