MINHA COLUNA NA FOLHA: Disputa em 2022 será “real people X fake news”
Leiam trechos:
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Todos os meus amigos, sem exceção, estão convictos de que o pêndulo de opinião se deslocou para a direita por um bom tempo e de que a esquerda, desde já, deve ser descartada como opção eleitoral possível —se viável, aí o debate é outro— para 2022. Eu não estou. E olhem que isso nada tem a ver com "Lula livre" ou "Lula preso".
Ouso sugerir que se coloquem os pobres na equação. No país que teve deflação em setembro —e duvido que Paulo Guedes tenha tido tempo de explicar para Jair Bolsonaro que isso não é bom—, o presidente decidiu fazer um esparramo em seu próprio quintal ideológico ao detonar o PSL. Que importa que isso crie dificuldades adicionais para alguns objetivos que deveriam ser estratégicos para o governo, como as reformas?
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Não sei, não… O encanto do discurso da direita disruptiva, entendo, já se quebrou. A extrema direita hidrófoba nas redes sociais está dividida. Suas celebridades de internet estão se estapeando pela prerrogativa de liderar o obscurantismo, a vulgaridade, a truculência, a burrice e a falta de empatia com a maioria dos brasileiros, formada de gente pobre.
Acreditem: os escuros, achados pelas balas perdidas destes dias aziagos, ressurgirão em 2022. Talvez já deem as caras em 2020. Quem sabe ver e ouvir já percebeu que o "real people" tende a diminuir a importância das "fake news". Querem apostar? Não creio que multidões de duros vão manter a mesma disposição de lutar contra o comunismo…
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