Lava Jato adiou denúncia do sítio de Lula para obter maior repercussão
A divulgação da denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva envolvendo o caso do sítio de Atibaia foi adiada por procuradores da Operação Lava Jato por conta da repercussão dos áudios envolvendo o ex-presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista. É isto que afirma uma reportagem do The Intercept Brasil, divulgada na madrugada de hoje. Após a divulgação do conteúdo, a defesa de Lula já pediu que as mensagens sejam consideradas no processo do sítio.
De acordo com mensagens obtidas pelo site, a procuradora Jerusa Viecelli informou em 17 de maio de 2017, em um grupo da força-tarefa no aplicativo Telegram, que a denúncia contra Lula estava pronta. Porém, horas anes, vieram à tona os áudios envolvendo Temer e Joesley. Por conta disso, o grupo optou por adiar a divulgação da denúncia, que foi feita cinco dias depois.
Antes de definir a data, o chefe da força-tarefa, Deltan Dallagnol, procurou a Procuradoria-Geral da República (PGR) em 21 de maio de 2017 para saber se haveria operação em Brasília para não dividir as atenções. Ao saber que não haveria operação, Dallagnol liberou a divulgação da denúncia contra Lula. No grupo, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima disse que o fato iria "criar uma distração e mostrar serviço" da Lava Jato.(…)
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