Fico tranquilo! Moro diz que decisão do STF será respeitada! Bonzinho ele!
Ah, agora estou mais tranquilo.
Descobri que o ministro Sergio Moro, da Justiça, não pretende cometer suicídio, não vai sair por aí carregando uma pistola, como Rodrigo Janot disse ter feito, nem pretende propor luta armada.
Melhor assim.
Nesta segunda, depois de participar de um evento na Fiesp, afirmou sobre o resultado de julgamento no Supremo, que começa no dia 17, que vai decidir sobre a execução da pena antes do trânsito em julgado:
"Qualquer decisão do Supremo que for tomada vai ser evidentemente respeitada. A minha avaliação é que essa possibilidade de execução em segunda instância, essa é uma posição pública minha, foi um avanço institucional importante do próprio Supremo Tribunal Federal".
Ufa!
Que bom! Pergunta: será que o ministro poderia, por exemplo, dizer o contrário?
Ele continua a se comportar como oráculo e a ser tratado como tal em certos setores.
Concedeu uma entrevista ao Estadão. Afirmou, por exemplo, que não crê em novas anulações de sentenças e saiu-se com esta:
"Existe uma invasão criminosa de aparelhos celulares dos procuradores (da força-tarefa da Lava Jato), supostas mensagens cuja autenticidade não foi verificada. Tirando todo o sensacionalismo, no que eu vejo que foi divulgado não existe nada que justifique a afirmação de afetação da imparcialidade da minha parte. O que existe é uma grande distorção do conteúdo dessas supostas mensagens e na divulgação delas com absoluto sensacionalismo."
Ora, ora…
Os vazamentos criminosos de inquéritos sigilosos nunca incomodaram nem o juiz nem o ministro Sergio Moro.
Quanto à autenticidade não-comprovada, isso se resolve com perícia, não é mesmo? Fosse esse o problema, estaria resolvido.
Quanto ao mais, dizer o quê? Moro acha normal juiz sugerir ao órgão acusador prova contra ao réu; interferir no andamento das fases da operação; incitar a força-tarefa a tentar desmoralizar publicamente a peça da defesa; condescender com um procedimento de procurador que sabe ser irregular e ainda parabenizá-lo por isso…
Pô! Mais um pouco, ele vai aceitar ser ministro do adversário daquele que ele condenou assumidamente sem provas…
Ah, é verdade! Ele já fez isso também!
É um monumento moral!
Só falta agora a licença para matar para o Brasil se encontrar de vez com a Justiça.
As outras misérias morais já estão em curso.