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Reinaldo Azevedo

Ainda o Sensus: corrupção, MST, violência…

Reinaldo Azevedo

23/02/2017 22h13

Há um pacote de informações na pesquisa CNT-Sensus que, em boas mãos, pode render um bocado. Vejam os dados e depois eu comento:

CORRUPÇÃO
Na sua opinião, os casos de corrupção que têm sido noticiados estão mais vinculados ao (em%):
Congresso Nacional – 23,0
PT – 22,1
Presidente Lula – 18,2%
Governo – 11,3%
NS/NR – 25,5

MST
O Sr(a) considera a atuação do Governo Federal em relação ao MST como (em %)
Adequada – 22,7
Inadequada- 63,4
NS/NR – 14,0

POBREZA
Nos Últimos 6 meses, a pobreza (em %)
Melhorou 15,9
Ficou igual 29,6
Piorou 52,8

VIOLÊNCIA
Nos últimos 6 meses, a violência (em %)
Melhorou 4,1
Ficou igual 11,1
Piorou 84,2

Corrupção, baderna no campo, violência e pobreza. Eis as frentes de ataque das oposições. Até Lula sabe disso, conforme ele andou deixando vazar nesta terça. Reparem que, entre os que dizem que os casos de corrupção estão ligados à turma de Lula, temos nada menos de 51,6% (PT: 22,1%; Lula: 11,3%; governo:11,3%). E ainda existem 25,5% que dizem não saber. Precisam ser informados. Sobre a reforma agrária, os números falam por si mesmos. Mais da metade dos brasileiros acham que a pobre "piorou", isto é, aumentou.. E, bem, como não poderia deixar de ser, a percepção da violência explodiu. Em cada um desses casos, há a contribuição de Lula, a ser apontada, identificada, demonstrada, quantificada. É por isso que é perfeitamente razoável dizer que as eleições não estão decididas. A questão da pobreza, depois de muita estatística torta que andou saindo por aí, certamente anda a merecer um estudo aprofundado das oposições. Será mesmo que a vida do brasileiro melhorou tanto assim? Talvez venhamos a ter surpresas em breve. Clique aqui para ter acesso à integra da pesquisa

Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.