Folha: Batman e Robin rejeitam reformas porque viciaram no papel de heróis das trevas
Resta uma boa notícia na reforma política. Até esta sexta ao menos. Parece que se aprova o voto distrital misto para 2022. Abre-se uma vereda da terra dos mortos morais para o parlamentarismo. No mais, tem-se a luta tenaz por uma terra devastada. Por que é assim? O Legislativo se acovardou. Deixou-se sequestrar pela ala aloprada do Ministério Público Federal.
A reforma está sendo pensada e votada quando a reputação dos políticos vive o seu pior momento. Estão assustados. A prudência tem na coragem a sua melhor conselheira. Imprudentes de verdade são os covardes, capazes de assistir, inermes, à marcha para o abismo, com medo de seus sequestradores virtuais.
O veto à doação de empresas a campanhas, decidido pelo STF em 2015, é uma aberração que começou a ser gestada pelo PT na reforma ensaiada em 2011. O partido imaginava patranhas para se eternizar no poder. Fato: impedir que pessoas jurídicas doassem a candidatos implicava a asfixia econômica dos adversários, uma vez que os petistas já haviam engendrado o sistema que lhes garantiria caixa eterno.
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Corajoso, agora, seria aprovar uma emenda restituindo a doação de pessoas jurídicas. Não acontecerá tão cedo por falta de corajosos. Saída? O fundo público. Sem ele e sem as doações de empresas, as eleições ficariam expostas a quem lida com dinheiro vivo: o crime organizado e certas seitas cuja teologia é bem mais nova do que o uísque que eu bebo.
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