O TRF2, o doutor Espírito Santo, o Século XV e a Revolução Francesa! Estamos fritos: Alerj 3
Tanto sabe o Tribunal Regional Federal da Segunda Região que a revogação das prisões foi um ato legal da Assembleia Legislativa do Rio que, ao determinar que os três deputados fossem presos de novo, não fez juízo de mérito nenhum: alegou mero vício formal. A Alerj não oficiou o tribunal, a quem caberia conceder o alvará de soltura. E, ora vejam, as prisões, ilegais na origem, foram determinadas novamente em razão, então, de irregularidade formal cometida pela Alerj.
Os desembargadores estavam mesmo nervosos. Paulo Espírito Santo, o mais exaltado, aos berros, afirmava que se havia feito um resgate, "como aqueles do Século XV, antes da Revolução Francesa". Bem, não tenho dúvidas de que o Século XV veio antes da dita-cuja porque esta só aconteceu no Século XVIII. Como se vê, nem como retórica a fala tem sua utilidade. Afinal, a Santa Ceia também aconteceu antes da Revolução Francesa.
De resto, se a dita revolução foi empregada como exemplo de Justiça, é hora de Espírito Santo baixar na biblioteca, não é mesmo? Melhor isso do que falar línguas estranhas.