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Reinaldo Azevedo

Farsa nº 7: Assistimos a um capítulo da luta de classes, como quer o senador Lindbergh Farias

Reinaldo Azevedo

26/01/2018 16h55

Bem, se aquilo a que se chama "classe" obedece à taxinomia marxista, a farsa é brutal. Se entendermos a Lava Jato, Sérgio Moro, Deltan Dallagnol, o TRF-4 e afins como expressões de uma burocracia estatal ligada ao Judiciário com sede de autocracia, bem, aí o raciocínio faz sentido, mas é preciso mudar, então, os termos da questão. O que se tem, aí sim, é a fatia mais bem-remunerada do Estado brasileiro, que goza de estabilidade e de benefícios absolutamente incompatíveis com um país pobre, reagindo à pressão em favor da igualdade de direitos. Os braços armados, então, dos privilégios enverga as vestes da moralidade, dos bons costumes e do comportamento reto e vetusto em defesa de privilégios. O símbolo, hoje, para mim, é a ministra Cármen Lúcia: ela até pode ser genuinamente contra a nomeação de Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho. Mas ela se opõe de verdade é à reforma da Previdência, não à nomeação.

Ao longo do tempo, vamos desmontar aqui outras farsas. Por exemplo: "Existe uma nova direita no Brasil, com propostas e ideário"… Será. Não vale uma nota de R$ 3

Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.