PF faz busca e apreensão no apartamento de Jaques Wagner
A Polícia Federal cumpre na manhã desta segunda-feira (26) mandados de busca e apreensão no apartamento do ex-governador da Bahia e possível candidato à Presidência pelo PT, Jaques Wagner.
As buscas estão sendo feitas no âmbito da Operação "Cartão Vermelho", que investiga supostas irregularidades nos serviços de demolição, reconstrução e gestão do estádio da Fonte Nova para a Copa do Mundo de futebol de 2014.
O ex-governador da Bahia Jaques Wagner – Alan Marques – 15.fev.2015/Folhapress
Sete endereços estão sendo alvo de buscas, que foram autorizadas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, para obtenção de provas complementares do desvios de dinheiro público. Um deles é o apartamento de Wagner, no Corredor da Vitória.
Segundo a Polícia Federal, o inquérito policial apurou a existência de irregularidades como fraude em licitação, superfaturamento, desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro.
As investigações da PF apontam que a licitação que resultou na parceria público-privada para construção e gestão do estádio teria sido direcionada para beneficiar o consórcio Fonte Nova Participações, parceria entre OAS e Odebrecht.
A obra, segundo laudo pericial, teria sido superfaturada em pelo menos R$ 450 milhões, em valores corrigidos. Parte dos recursos teriam sido destinados ao financiamento de campanhas eleitorais.
Procuradas, as assessorias do ex-governador Jaques Wagner e da Fonte Nova Participações ainda não se posicionaram sobre a operação da PF.
REAÇÃO
Diante da ação da PF, Petistas repetiram nesta manhã o discurso de que existe uma tentativa de excluir o partido da corrida presidencial.
Integrante da executiva petista, o deputado Paulo Teixeira fez um post nas redes sociais: "Alerta aos petistas! Não cogitem nomes como candidatos à Presidência da República porque a Polícia Federal instaura inquérito e pede busca e apreensão na casa do sujeito. Já ocorreu com o Lula, com Haddad e agora com o Jaques Wagner".
O presidente do PT do Rio, Washington Quaquá, diz que o nome da operação "cartão vermelho" revela uma tentativa de tirar Wagner do jogo.
"Até a operação tem o nome do objetivo. Expulsá-lo da disputa. É cada vez mais escancarada a ditadura do Judiciário."
Da Folha.