Boulos, um dos líderes da truculência no país, critica ódio e intolerância no caso de ataque ao PT. Ele promete se corrigir?
Guilherme Boulos, pré-presidenciável do PSOL, resolveu fez a seguinte afirmação sobre o ataque a tiros a ônibus da comitiva do PT:
"Temos visões diferentes na esquerda e é legítimo que isso se expresse em distintas candidaturas. Mas isso não pode nos impedir de sentar na mesma mesa para defender a democracia. O que está em questão é que, neste momento, estão prevalecendo atitudes de ódio e intolerância", diz Guilherme Boulos, pré-candidato a presidente pelo PSOL e coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).
E ainda acrescentou: "Com isso, não se brinca".
Começo por onde?
O MTST brinca de queimar pneus em praças públicas.
O MTST brinca de invadir propriedades públicas e privadas.
O MTST brinca de incentivar confrontos com a Polícia Militar quando esta cumpre determinação da Justiça E É OBRIGADA a promover reintegração de posse.
O PSOL, o partido ao qual ele se filiou, brinca de promover ações conjuntas com os black blocs.
O PSOL brinca ainda de organizar confrontos com a Polícia em passeatas e manifestações contra isso e aquilo.
O PSOL brinca de não censurar o narcotráfico no Rio.
Vale dizer: Guilherme Boulos, um notório promotor da violência e do confronto, agora brinca de ser o "Todo-Puro" do jogo político.
Não! Não censuro a sua declaração em si, que está correta. A minha crítica aqui é dirigida a seus atos anteriores.
Ele deveria aproveitar para fazer um mea-culpa: "Andei errado até aqui; confundi a minha causa, que considero meritória, com métodos truculentos. E a truculência é sempre ruim".
De Mahatmas Ghandis como Boulos, o inferno está cheio.
Ainda não sei se disse algo, mas, daqui a pouco, João Pedro Stedile, do MST, também vai censurar a violência. Nada impedirá, nesse caso, que, na semana seguinte, seus liderados invadam uma propriedade privada e depredem tudo.
Em nome da causa.