Incertezas e maluquices políticas já baixam as previsões de crescimento para este ano

Tenho repetido aqui que a economia brasileira exibe, dadas as circunstâncias, um crescimento robusto. Mas há um limite para os desaforos políticos. As principais consultorias, informa reportagem do Estadão, mesmo as mais otimistas, começam a rever os números para baixo. Donald Trump e suas maluquices ditas "antiglobalistas" têm seu peso. Mas a questão importante é mesmo interna e tem a ver com a política.

A sempre prudente MB Associados chegou a apostar num PIB de 3,5% para este ano, mas há fala em algo próximo, mas abaixo de 3%. Sergio Vale vai ao ponto: "Há uma plêiade de candidatos com ideias esdrúxulas sobre economia e com pouca força política para manter as reformas. Isso afetará as expectativas de 2019 e pode afetar as do fim deste ano a depender do resultado da eleição."

Também a Tendência já situa o número por aí: a economia, estima, deve crescer 2,8%. A Pezco já foi a mais otimista e prevê, portanto, a maior queda relativa: dos 3,9% que chegou a vislumbrar, não avança hoje além de 3%, mesmo índice antevisto pela Kapitalo, que chegou a falar em 3,5%.

Qual é o ponto principal? A reforma sumiu da agenda, e os candidatos que compõem o primeiro batalhão de intenções de votos têm com elas uma relação, quando menos, indiferente: "A Bolsa e o câmbio já refletem o risco que se ampliou em 2018. Três meses atrás, o cenário era mais confortável", diz Silvio Campos Neto, da consultoria Tendências.

Bem, meus caros, eis aí. Passam os dias, e as incertezas só aumentam. Passam os dias, e o que vemos é gente sempre disposta a a aplaudir para maluco dançar.