Servidora da área da segurança presidencial não cumpre sua tarefa, mas se faz queridinha dos xucros das redes e da súcia de idiotas

Não há mais espaço nem mesmo para o exercício normal da burocracia quando se trata de Michel Temer e sua família. Por que afirmo isso? Notas eivadas de maledicência dão conta de que uma servidora do Gabinete da Segurança Institucional que fazia a segurança de Marcela Temer, mulher do presidente, foi afastada depois de não ter ajudado a primeira-dama a resgatar um dos cachorros da família, que havia caído no lago Paranoá. Marcela entrou de roupa no lago e fez o resgate sozinha. A servidora não atendeu ao pedido de ajuda.

E o que fez o GSI? O óbvio! Afastou a tal senhora daquela função — isto é, fazer a segurança da primeira-dama. Não foi demitida ou desligada do próprio GSI. Segundo o meu manual de conduta, responderia, sim, a processo administrativo. Não parece que tenha acontecido nem isso. Vou mais longe: deveria ser demitida a bem do serviço público. Ainda que ela ache que resgatar um cachorro não esteja entre as suas funções, uma coisa é certa: fazer o que está a seu alcance para garantir a segurança de familiares do presidente está.

Mas, é claro!, no bueiro do capeta das redes sociais e na maledicência de certo colunismo, esse negócio de família presidencial ter cachorro se confunde com frescura. Mais um pouco, e haverá bacanas a defender que os servidores da segurança decidam por conta própria de quais riscos devem proteger as pessoas sob a sua guarda. O discurso antiestablishment assume um claro viés delinquente.