Agronegócio reage a preço mínimo de frete e diz que não vai pagar conta da greve
Oito entidades do agronegócio se posicionaram nesta segunda-feira (28) contra a tabela de preço mínimo para o frete rodoviário, estabelecida pelo governo Temer em medida provisória para tentar acabar com a greve dos caminhoneiros.
A reclamação é que o tabelamento do frete pode acabar deixando a conta da paralisação dos caminhoneiros para as indústrias ligadas ao setor agrícola, que utilizam intensamente o transporte rodoviário. Estavam presentes representantes dos esmagadores de soja, da indústria de suco de laranja, dos fabricantes de ração, dos exportadores de café, entre outros.
"Não acredito que a indexação seja o melhor caminho para resolver o problema. Estamos dispostos a colaborar com uma solução, mas esse custo não pode ser transferido totalmente para o setor produtivo", disse Ibiapaba Neto, diretor-executivo da Citrus BR, que reúne os fabricantes de suco de laranja.
Para Roberto Betancourt, diretor-executivo do Sindirações, serápraticamente "impossível" estabelecer uma tabela de preço mínimo de frete, por conta dos diferentes tipos de carga (granel, refrigerada, líquida, perigosas, etc) e de estradas (asfaltadas e de terra). "Temos que ter liberdade na negociação ", afirmou.
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Na Folha