Pré-candidato do PDT decide desferir um duro ataque a Temer. Parece esquecer que, se eleito, tem depois um país a governar. Quem se importa?
No evento no Correio Braziliense, Ciro Gomes ainda tratou o presidente Michel Temer aos pontapés. Dadas as dificuldades do país, dada a reta final de mandato, dados os quatro meses que faltam para a eleição de outubro — caso se eleja, Ciro terá de fazer a transição com a equipe de Temer —, o ataque baixo que fez ao mandatário dá conta de sua falta de temperança, de bom senso, de equilíbrio. Faça oposição a isso e àquilo, ataque essa ou aquela medidas… Mas não! Ciro sabe é bater. E mandou ver: "Peguei um tempo em que estava em pleno comando da Câmara o Michel Temer e o Eduardo Cunha, batendo bola um com o outro para roubar a nação. Fui processado por ambos. Um já está na cadeia, e o outro vai".
Ciro deve ter percebido que os tempos anda hostis à temperança. Então ele fala a linguagem da guerra. Esquece que, se eleito, terá depois um país a administrar. Segundo ele, será com a oposição dos "ladrões do PMDB". Vamos ver. Se chegar lá, teremos a chance de escrutinar a biografia de seus varões de Plutarco.