“A Seleção Brasileira ainda está presa. Vamos botar o Gilmar Mendes de volante para o time jogar mais solto”. Com a palavra, pois, o volante
Gilmar Mendes lê as regras do grande jogo: tem de ser solto, dentro da lei
Quem anda se divertindo com a frenética atividade no WhatsApp durante os jogos da Copa é o ministro Gilmar Mendes, do Supremo. Ele mesmo tem retransmitido a conhecidos mensagens como:
"Tinha de tirar o Tite e colocar o Gilmar Mendes de técnico. A equipe iria ficar mais soltinha em campo".
Ou ainda na partidaça da Colômbia contra a Polônia:
'É preciso tirar o Lewandowski e botar o Gilmar Mendes para a Polônia jogar mais solta".
Há mais:
"A Seleção Brasileira ainda está muito presa; tem de botar o Gilmar Mendes de volante".
Enviei um e-mail ao ministro com esses gracejos e perguntei se ele se incomodava. Mandou-me a seguinte resposta:
"Eu mesmo estou enviando coisas assim aos meus amigos. Reinaldo, acho que essas pessoas me fazem justiça quando me veem como um ministro que concede habeas corpus, de acordo com o que estabelece a ordem legal. Detestaria a fama de um ferrabrás que mantivesse as pessoas encarceradas contra a lei para fingir uma valentia que não tem. Essa fama seria péssima. O que está sendo divulgado nas redes, quanto a esse particular, faz justiça a um dos aspectos da minha atuação, ainda que seja uma brincadeira. Espero que continue".
E o ministro encerra:
"O que interessa mesmo, no que diz respeito à Copa, é que Neymar, que saiu do Santos, mas leva o time no coração, ainda vai nos dar muitas alegrias".
Tomara!
O ministro, não sei se notaram, é santista.
