Defesa de Lula apresenta uma nova petição ao STF porque resposta do tribunal a uma outra pode antecipar chancela da inelegibilidade
Quando a defesa de Lula recorreu ao Supremo pedindo a liberdade de Lula e a suspensão da pena acabou forçando o tribunal a pôr o carro adiante dos bois. Digamos que uma maioria no Supremo deferisse a liberdade do petista porque, afinal, o tribunal, de fato, autorizou a execução da pena depois da condenação em segunda instância, mas não a obrigou. Já a suspensão temporária dos efeitos da sentença, até o julgamento do caso em terceira instância, sob a alegação de que Sérgio Moro não era o juiz natural da causa, expôs Lula justamente ao risco que se pretendia evitar: se o tribunal disser "não" à suspensão, como fará se houver votação, o martelo estará batido: a inelegibilidade de Lula estará chancelada antes mesmo que a Justiça Eleitoral possa se pronunciar. Afinal, se o STF diz que a sentença, por enquanto, vale, então o petista é inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Por isso a defesa entregou uma terceira petição: desta feita para que o tribunal não se antecipe a respeito. Ora, mas a única forma de não se antecipar seria, então, aceitar a tese dos defensores sem discutir seu mérito. Virou o samba-do-crioulo-doido.
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