Marcha dos boçais 4: Síntese da fala de Mourão: na campanha de Bolsonaro, seria preciso trocar só o candidato e o eleitorado. O resto vai bem

Robson Braga de Andrade ao tomar posse, em 2014, na CNI. Ele entendia a língua do PT. Agora, fala bolsonarês…
Eu resumiria assim a entrevista do general Hamilton Mourão ao Estadão: ele assessora uma aventura que, para ser virtuosa, requereria a troca do candidato, do eleitorado e a criação de um programa. Fora isso, tudo vai bem.
Pois é… Todos deveríamos nos perguntar: como foi que chegamos a tal ponto? Será que só a ruindade dos políticos e a roubalheira seriam suficientes para nos conduzir a tal miséria? Respondo: o que nos trouxe a essa lama foi o ódio à política estimulado pela Lava Jato e seus fanáticos. Combater a corrupção é coisa diferente de desmoralizar as instituições.
Que coisa, né? Nem o general Mourão saber o que quer Bolsonaro. Mas os empresários "boçalnaristas", que riem de suas piadas grotescas, devem sabê-lo.
Sugiro ao general Mourão que tire suas dúvidas com Robson Braga de Andrade, presidente da CNI. Ele deu mostrar de entender a língua do "boçalnarismo".
E os bolsonaristas indignados que dirijam a sua fúria ao general que, até anteontem, acalentava seus sonhos mais secretos de botar a tropa na rua.