Herzog 1: MPF reabre investigação sobre o assassinato de jornalista no DOI-CODI. O que será? Lei da Anistia será revisada?
O Ministério Púbico Federal reabriu as investigações sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog. Ele apareceu morto no dia 25 de outubro de 1975 nas dependências do DOI-CODI, em São Paulo. Tentou-se simular um suicídio por enforcamento. As evidências de que foi assassinado são gritantes. No dia anterior, ele havia comparecido ao órgão, atendendo a intimação para depor sobre suas relações com o PCB. O Estado brasileiro já reconheceu o crime cometido. Em março de 2013, a família do jornalista recebeu um novo atestado de óbito. A causa da morte foi alterada. No primeiro, constava o lacônico "asfixia mecânica por enforcamento". Não se duvide de que aconteceu isso também. Mas a nova redação dá conta com mais precisão do que aconteceu: "lesões e maus-tratos sofridos durante o interrogatório em dependência do 2º Exército (DOI-Codi)". No dia 3 de julho, a Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou o estado brasileiro pela morte de Herzog. A CIDH reconheceu o assassinato como "crime contra a humanidade", não passível de anistia. A Corte já havia condenado o país pela não-investigação de desaparecimentos ocorridos durante a Guerrilhas no Araguaia. O que vai acontecer?
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