Marina tem o direito de vender o seu peixe político, e nós temos o dever e a obrigação de indagar sobre que diabos, afinal, está falando

A candidata à Presidência Marina Silva, da Rede, tem todo o direito de vender o seu peixe. E a gente tem também o direito e, no caso do jornalismo, o dever profissional de perguntar de que diabos, afinal, ela está a falar. Postulante que disputa, por ora, com Jair Bolsonaro (PSL) o primeiro lugar nas pesquisas de opinião quando Lula não está na lista, conseguiu se coligar apenas com o PV. Seu partido veio à luz com quatro deputados e um senador. Este continua. A bancada da Câmara foi reduzida à metade. Nunca ninguém conseguiu entender direito o que quer Marina, embora ela seja, ainda hoje, uma figura algo reverenciada na imprensa e tenha uma presença nos meios de comunicação muitas vezes superior à sua influência política. Logo, não lhe faltam palco, microfone, luzes, ribalta. Nem por isso a gente consegue engatar com ela uma dialética do esclarecimento. Às vezes, as coisas ficam ainda mais confusas, a exemplo do que se viu nesta segunda.
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