Os nanicos sem tempo estão aí, como sempre; há também os que teriam, segundo pesquisas, montanha de votos, mas sem tempo nenhum
Se essa eleição traz o trivial, o de sempre, que são os candidatos nanicos sem tempo de televisão, também é marcada por nomes que, na partida, têm uma montanha de votos, mas não dispõem de tempo nenhum. Comecemos por observar que o líder nas pesquisas, Lula (PT), com do que o triplo de votos, nos levantamentos, do que o tucano Geraldo Alckmin, contará com menos da metade do tempo: 5min30s contra prováveis 2min23s em cada um dos dois blocos diários. É claro que isso deriva do fato de que se sabe que o ex-presidente não será candidato, o que dificultou as alianças.
Jair Bolsonaro (PSL) lidera as pesquisas, em empate técnico com Marina Silva (Rede). Mas isso não se traduz em apoio dos partidos políticos e, pois, em tempo de televisão: agora que se juntou ao PRTB, de Levi Fidelix, o militar reformado deve ter 14s em cada bloco de 12min30s, com duas miseráveis inserções a cada cinco dias.
Marina Silva (Rede) não está em situação muito melhor. Coligada ao PV, disporá de 24s e, provavelmente, uma inserção. Em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de votos, Ciro Gomes deve ter apenas 40 segundos à tarde e a noite, com uma ou duas inserções por dia. O que nos ensina a experiência? O horário eleitoral faz, sim, bastante diferença. Mas isso, por outro lado, é uma verdade pré-Lava Jato, que antecede, pois, a avalanche de descrédito que colheu a política e os grandes partidos. Vamos ver se a escrita se repete desta vez.
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