Sem coligações, o PDT faz Kátia Abreu vice de Ciro; trata-se de uma liderança importante do setor rural, que criou a moderna e operosa CNA

Esta segunda começa, também, com definições importantes na composição das chapas. Sem acordo com outros partidos, o PDT buscou a vice entre seus quadros: trata-se da senadora Kátia Abreu. É uma das mais importantes lideranças do setor rural no Brasil. A moderna CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária) é uma criação sua. Distanciou-se um tanto de seus pares ao seguir com a ex-presidente Dilma até o fim, opondo-se ao impeachment. Sua presença na chapa é mais uma evidência de que, se eleito, Ciro Gomes não vai comandar a comunização do país como supõem alguns. A senadora também é boa de briga e colabora para combater o isolamento a que se tentou relegar a candidatura do pedetista.

O PT fez mesmo Fernando Haddad seu vice. Está esquentando o lugar para assumir a vaga de Lula, tão logo este seja declarado inelegível. Com o acordo feito com o PCdoB, Manuela D'Ávila deve compor a chapa. Depois de quatro disputas flertando com a centro-direita, os petistas formaram uma chapa de claro teor esquerdista. Como o ex-presidente será declarado inelegível, o Centrão fugiu do PT e se refugiou na candidatura de Geraldo Alckmin. O quarto colocado nas pesquisas, como ele mesmo destacou, lidera uma coligação de 10 partido e terá 40% do tempo no rádio e na TV.
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