Marina Silva ignora reforma trabalhista em diretrizes
"Revogar, não. Mas eu vou corrigir os pontos draconianos, pode ter certeza", afirmou sobre a reforma trabalhista a candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, neste mês, em entrevista.
Se no discurso a ex-senadora afirma repetidas vezes que irá mexer nas regras aprovadas pela gestão Temer, as diretrizes programáticas não dão certeza do que a ex-senadora pretende fazer com relação a um dos projetos mais polêmicos do atual governo.
O termo "reforma trabalhista" não aparece nenhuma vez ao longo das 61 páginas do documento divulgado pela campanha na terça-feira (14).
O mesmo texto discorre explicitamente sobre propostas da candidata para outras reformas, como a tributária, a previdenciária e a política.
Tampouco são citados os pontos que a presidenciável já afirmou em discursos e entrevistas que alterará.
Entre eles, estão a possibilidade de trabalho insalubre para gestantes e lactantes, o pagamento de honorários advocatícios por quem perder ação judicial e a permissão para que o horário de almoço seja de 30 minutos.
"Isso não é modernizar, isso é voltar a relações pré-modernas de trabalho", chegou a afirmar em entrevista em julho (…)
Por Angela Boldrini, na Folha.