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Reinaldo Azevedo

SEM CERTEZAS 1- A duas semanas do primeiro turno, só quem ignora a história pode dizer que sabe o que vai acontecer; ainda é só chute

Reinaldo Azevedo

24/09/2018 03h29

Faltam duas semanas para o primeiro turno das eleições de 2018. É claro que há uma tendência esboçada de segundo turno entre os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad, do PT. Pode mudar? Bem, é claro que pode. Basta voltar os olhos para 2014 para saber que há a possibilidade de o eleitor preparar surpresas na boca da urna. Sempre é possível malhar os institutos de pesquisa, acusando-os de manipulação. É parte da gritaria própria de períodos eleitorais, ainda mais em tempos de redes sociais.

Dia desses, descartando a existência de um complô para adulterar as urnas e fabricar um resultado diferente da vontade do eleitor, o presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, afirmou que há quem acredite em Saci Pererê. Bem, eu diria que o travesso nativo é só o ente mais ingênuo que assombra certas mentalidades. Há verdadeiros malandros disfarçados de pensadores a alimentar a paranoia de desinformados cheios de certeza. Bem, o fato é o seguinte: quem quer que vença a disputa de 2018, o que se terá é a vontade da maioria dos votantes. E pronto! Será o presidente legítimo do Brasil. Se cumprir a Constituição e as leis, conclui o mandato. Se não, muito provavelmente, não.

Candidatos não concorrem segundo as regras da democracia para depois governar como ditadores, não é mesmo? Não que aqui e ali não se percebam certas vocações… Sigamos.

Ainda que alguns patriotas já se preparem para abandonar navios, o fato é que, por incrível que pareça, ainda não dá para dizer que a sorte está lançada. Em 2014, o eleitor reservou surpresas.
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Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.