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Reinaldo Azevedo

Campanhas avaliam se aderem a ato feminino anti-Bolsonaro

Reinaldo Azevedo

26/09/2018 13h36

Em mais uma estratégia para tentar desgastar a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), líder isolado das pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, seus principais adversários aderiram nos últimos dias ao movimento #Elenão, liderado por mulheres e contrário ao deputado.

A campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) usou a hashtag no seu programa eleitoral veiculado na noite desta terça-feira, 25, para "alertar" as mulheres sobre em quem votar. Marina Silva (Rede), Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos(PSOL) avaliam participar de atos agendados para o fim de semana no País.

O eleitorado feminino – que representa 52% do total de eleitores – se tornou uma barreira a Bolsonaro. O índice de rejeição ao capitão da reserva entre as mulheres chegou a 54% na mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo – entre os homens este índice é de 37%.

O candidato do PSL é réu de uma ação penal por incitação ao estupro e já fez declarações polêmicas envolvendo mulheres. Disse, por exemplo, que não vê problema no fato de mulheres ganharem salários menores do que os dos homens. (…)

A ida ao protesto não é consenso nas campanhas de Ciro e Marina. O receio é de que a participação deles possa transmitir a ideia de "instrumentalização" eleitoral do ato. O evento não está previsto na agenda do candidato do PDT. Já na campanha da Rede, interlocutores afirmam que Marina, como a única candidata na disputa, tem legitimidade para participar.

Entre os candidatos que representam o campo antipetista, Alckmin é o que mais busca claramente se favorecer do movimento. No programa eleitoral do tucano, é exposta a frase: "Ele não (em menção a Bolsonaro). Geraldo Alckmin, sim". (…)

No Estadão.

Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.