Por frente de apoio, Haddad deve desistir de taxação de grandes fortunas
Com o endosso de interlocutores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o comando da campanha de Fernando Haddad (PT) já admite flexibilizar seu programa de governo em nome de um pacto contra a eleição de Jair Bolsonaro (PSL).
Anteriormente, a cúpula petista já cedeu ao retirar do plano de governo a proposta de convocação de uma assembleia nacional para revisão da Constituição, um integrante do comando da campanha recomenda a definição de dez pontos de convergência para elaboração de um programa comum, excluindo propostas polêmicas com difícil aprovação no Congresso —como exemplo, a retirada da taxação de grandes fortunas.
Autor do plano de governo de Lula, o próprio Haddad afirmou, nesta segunda-feira (15), que pretende "alargar o quanto puder" a frente de apoio a sua candidatura, "sobretudo com Ciro Gomes, que é um democrata, mas também com setores de outros partidos que lutaram pela redemocratização".
Por Cátia Seabra, na Folha.