No passado, a dita “autenticidade” de Lula lhe foi um ativo eleitoral muito explorado; agora, a coisa tem um sotaque de extrema-direita...
Os setores que pensavam numa aliança com Ciro davam como certo que Lula não conseguiria ser candidato em razão da Lei da Ficha Limpa e previam dificuldades para o PT, ainda que, no desenho inicial, se imaginasse que o adversário "à direita" seria, na verdade, um nome do PSDB, provavelmente Gerado Alckmin. Os companheiros subestimaram o fator Bolsonaro. Não só eles. Não foram poucos na imprensa que apostaram que sua retórica beligerante, politicamente incorreta e meio crua acabaria por ser engolida. Aconteceu o contrário. Ele caiu nas graças do público. A dita "autenticidade" de Lula também lhe foi um ativo no passado — desta feita, ela tem sotaque de extrema-direita e beneficia o candidato do PSL, o único que não teria rabo preso com ninguém.
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