STF pede investigação sobre vídeo com críticas à presidente do TSE
Na Folha
Os ministros da Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), por unanimidade, pediram providências à Procuradoria-Geral da República para investigar os responsáveis por um vídeo que circula na internet com críticas a ministros da corte e, em especial, à presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Rosa Weber.
O vídeo foi gravado por um coronel da reserva do Exército, Carlos Alves. A corporação informou, em nota, que também pediu investigação ao Ministério Público Militar.
Na noite desta terça (23), a PGR informou que a procuradora-geral, Raquel Dodge, requereu ao Ministério da Segurança Pública, responsável pela Polícia Federal, a instauração de um inquérito para apurar a conduta do coronel da reserva Carlos Alves.
Segundo Dodge, o vídeo que ele gravou, de quase meia hora, "contém graves ofensas à honra da ministra Rosa Weber, imputando-lhe tanto fatos definidos, em tese, quanto conduta criminosa, além de difamar-lhe a reputação, mediante imputação de fatos extremamente ofensivos".
Inicialmente, segundo a PGR, as hipóteses são dos crimes de calúnia, difamação, injúria e ameça. Dodge pediu que o coronel da reserva seja ouvido pela polícia.
No início da sessão da Segunda Turma, na tarde desta terça (23), o decano do STF, ministro Celso de Mello, classificou o vídeo de abjeto e disse que ele é um ataque à honra de sua colega Rosa.
"O discurso imundo, repugnante do agente que ofendeu a honra da ministra Rosa Weber, uma mulher digna, magistrada de honorabilidade inatacável, que exerce, como sempre exerceu, a função judicial com talento e isenção, exteriorizou-se mediante linguagem insultuosa, desqualificada por palavras grosseiras", disse Celso.
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