Bolsonaro planeja medidas de Temer para combustíveis
As medidas do presidente Michel Temer para baixar o preço dos combustíveis atendendo à reivindicação de caminheiros grevistas viraram base das propostas de Jair Bolsonaro (PSL) para o setor, mesmo sem terem surtido o efeito esperado.
Em seu plano de governo, o presidenciável diz que deixará a Petrobras livre para seguir os preços praticados no mercado internacional, mas com "mecanismos de hedge" (proteção) para suavizar a volatilidade da cotação do petróleo.
Em outra frente, para reduzir o preço dos combustíveis nas bombas, quer negociar com os estados mudanças nas alíquotas do ICMS.
A ideia era que o desconto dos tributos fosse integralmente repassado ao preço nas bombas, o que não ocorreu, segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo).
A redução foi parcial porque a definição de preço é uma decisão do próprio mercado.
Hoje, a política de subvenção financiada pela renúncia de tributos segura o repasse da cotação do petróleo para o diesel em intervalos de 30 dias.
O prazo de vigência da medida expira no fim deste ano sem que o preço do diesel tenha sofrido grandes reduções, como queriam os caminhoneiros. (…)
Por Julio Wiziack e Mariana Carneiro, na Folha.