“Minha responsabilidade é muito grande. Não sei se serei mais candidato, mas não posso me afastar agora da luta. O país ficou órfão.”
Ciro, como já disse na rádio mais de uma vez, não vai, obviamente, desistir da política como chegou a anunciar durante a disputa presidencial caso fosse, como foi, derrotado. Ele concede uma entrevista à Folha em que é de uma dureza inédita com o PT. Com efeito, Lula se movimentou para lhe retirar o apoio do PSB, o que lhe criou dificuldades adicionais depois que não conseguiu atrair os partidos do centrão, o que lhe teria dado tempo de televisão e mais visibilidade. Ao contrário da aposta feita pelos petistas, sua candidatura não se desidratou. Pesquisas realizadas até a véspera do primeiro turno indicavam que ele poderia vencer Jair Bolsonaro numa disputa final, que não aconteceu. Ele justifica assim a sua permanência na vida pública:
"Eu disse isso comovidamente porque um país que elege o Bolsonaro eu não compreendo tanto mais, o que me recomenda não querer ser seu intérprete. Entretanto, do exato momento que disse isso até hoje, ouvi um milhão de apelos de gente muito querida. E, depois de tudo o que acabou acontecendo, a minha responsabilidade é muito grande. Não sei se serei mais candidato, mas não posso me afastar agora da luta. O país ficou órfão."
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