A ministra e a delação 1: Bolsonaro usa seu próprio caso como exemplo para minimizar fato de delação atingir 2º membro da equipe
Jair Bolsonaro deu uma resposta ruim quando indagado sobre a situação da deputada Tereza Cristina (DEM-MS), indicada para o Ministério da Agricultura. Usou a si mesmo como exemplo de que uma pessoa pode ser inocente mesmo sendo ré. Sem dúvida, pode. A questão é saber se o presidente eleito concede a seus adversários essa licença. Na semana passada, foi a vez de o deputado Onyx Lorenzoni, futuro chefe da Casa Civil, ensaiar o relativismo ético.
Vamos ao caso. Reportagem da Folha deste domingo informa — atenção para o verbo: informa, não inventa — que a futura ministra era parceira de negócios da JBS quando, na condição de secretária de Agricultura do governo do Mato Grosso do Sul, concedeu incentivos fiscais ao grupo. Ela ocupou o cargo entre 2007 e 2014, na gestão do então governador André Puccinelli (MDB), que está preso. Ao mesmo tempo, arrendava terras para a JBS.
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