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Reinaldo Azevedo

A ministra e a delação 1: Bolsonaro usa seu próprio caso como exemplo para minimizar fato de delação atingir 2º membro da equipe

Reinaldo Azevedo

19/11/2018 00h21

Jair Bolsonaro deu uma resposta ruim quando indagado sobre a situação da deputada Tereza Cristina (DEM-MS), indicada para o Ministério da Agricultura. Usou a si mesmo como exemplo de que uma pessoa pode ser inocente mesmo sendo ré. Sem dúvida, pode. A questão é saber se o presidente eleito concede a seus adversários essa licença. Na semana passada, foi a vez de o deputado Onyx Lorenzoni, futuro chefe da Casa Civil, ensaiar o relativismo ético.

Vamos ao caso. Reportagem da Folha deste domingo informa — atenção para o verbo: informa, não inventa — que a futura ministra era parceira de negócios da JBS quando, na condição de secretária de Agricultura do governo do Mato Grosso do Sul, concedeu incentivos fiscais ao grupo. Ela ocupou o cargo entre 2007 e 2014, na gestão do então governador André Puccinelli (MDB), que está preso. Ao mesmo tempo, arrendava terras para a JBS.
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Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.