MOURÃO, CABEÇA DE PRESIDENTE 4: País tem de continuar a ter uma relação pragmática com os EUA, sem se descuidar de outros atores
Com Mourão é diferente. Até porque a formação intelectual de um general difere bastante da de um capitão. O vice concede uma entrevista a Mônica Bérgamo na Folha desta sexta. E o pensamento estratégico da caserna — e, neste caso em particular, o bom pensamento — toma o lugar do que, lamento dizer, na fala de Bolsonaro se confunde com subserviência aos EUA. Indagado sobre o alinhamento automático do Brasil com aquele país, ele responde: "A posição brasileira tem sido sempre marcada por um certo pragmatismo. A gente tem que buscar nossos objetivos e os países que fortaleçam a conquista desses objetivos. A posição dos EUA é inquestionável. É a potência hegemônica (…). Mas não podemos descuidar dos outros grandes atores da arena internacional. Não podemos nos descuidar do relacionamento com a China." Como se nota, não é assim tão complicado.
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