PEZÃO PRESO, PALOCCI SOLTO 1: Os dois eventos, no mesmo dia, são uma evidência do poder que passou a exercer o Partido da Polícia
Os métodos consagrados pela Lava Jato e operações derivadas têm uma consequência óbvia: a eleição de Jair Bolsonaro. Vamos ver em que isso vai dar. No dia 1º de janeiro, aquele que se transformou, para muitos, no símbolo contra a corrupção assume o Ministério da Justiça, que também responderá pela Segurança Pública: refiro-me a Sérgio Moro. Ele é o representante máximo Brasil do que passei a chamar de Partido da Polícia. Está se transformando numa força autônoma que, a rigor, prende quem quiser e solta quem quiser quando lhe der na telha, segundo aquela que for a necessidade da hora. E infelizmente, a imprensa tem sido reverente a esse ente autônomo, ou conjunto de entes. Esta quinta-feira foi um dia emblemático do que está em curso. Que entre para a história, se um dia for contada: no dia 29 de novembro de 2018, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, foi preso, e Antônio Palocci, um ex-mandarim do PT e hoje um de seus maiores inimigos, deixou a cadeia, depois de dois anos e dois meses de prisão também preventiva.
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