Bolsonaro e Macri condenam governo de Maduro e apoiam Assembleia Nacional
O presidente Jair Bolsonaro e o seu homólogo argentino, Mauricio Macri, condenaram nesta quarta-feira o regime de Nicolás Maduro na Venezuela, que classificaram como uma ditadura. Durante encontro entre os dois chefes de Estado em Brasília, ambos repudiaram a gestão de Maduro, que tomou posse na semana passada após uma eleição questionada por parte da comunidade internacional e pela Assembleia Nacional venezuelana.
A fala mais enfática foi a de Macri, que afirmou que considera a Assembleia Nacional a "única instituição legítima" do país vizinho.
"Compartilhamos da preocupação com os venezuelanos. Não aceitamos ditadura na democracia. A comunidade internacional já se deu conta. Maduro é um ditador que se perpetua no poder com eleições fictícias, encarcerando opositores. Reiteramos que reconhecemos a Assembleia Nacional como a única instituição legítima da Venezuela, eleita democraticamente", afirmou o líder argentino.
Desde que passou ao controle da oposição, em 2015, a Assembleia teve o seu poder questionado por Maduro. Em 2017, por meio de um decreto, o presidente transferiu o poder legislativo para a Assembleia Nacional Constituinte, que convocou naquele ano para esvaziar o poder do Legislativo.
Bolsonaro, que falou antes do visitante, também condenou o regime de Maduro.
"Estamos comprovando nossa convergência de posições e nossa identidade de valores. Com essa identidade que atuaremos conjuntamente na defesa da liberdade e da democracia na nossa região. Nossa cooperação na questão da Venezuela é o exemplo mais claro do momento. As conversas de hoje só fazem reforçar minha convicção de que o relacionamento entre Brasil e Argentina seguirá avançando no rumo certo, no rumo da democracia, da liberdade, da segurança e do desenvolvimento", disse o presidente brasileiro.
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