Defensor de caça de animais silvestres vai cuidar das... florestas! Ele criticou general nomeado para a Funai. Seria “onguista e petista”
A ministra Tereza Cristina , da Agricultura , informou por uma rede social que o ex-deputado Valdir Colatto (MDB-SC) vai comandar o Serviço Florestal Brasileiro. Colatto é autor de um projeto de lei, apresentado em 2016, que libera a caça de animais silvestres no Brasil, mesmo dentro de unidades de conservação.
O projeto prevê ainda a criação de fazendas particulares de caça de animais silvestres e dá permissão a zoológicos para que vendam animais para criadouros particulares. O texto só exclui da caça animais domesticados e espécies em risco de extinção. O então deputado – ele não foi reeleito em 2018 – também incluiu no projeto permissão para comercialização de animais silvestres e retirada do porte de arma de fiscais ambientais. Integrante da bancada da bala, ele incluiu no texto flexibilização da posse de armas para proprietários rurais.
O projeto foi considerado retrocesso para a biodiversidade brasileira pela entidade ambientalista WWF-Brasil, que considerou ainda que o PL trazia risco para a natureza e para as pessoas.
Dono de fazendas em Tocantins e Rondônia, Colatto também apresentou projeto de lei descaracterizando como improbidade administrativa qualquer ato de apoio de agentes públicos a produtores rurais em demandas apresentadas por associações e cooperativas. O projeto está desde 2015 na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados.
Críticas ao presidente da Funai
Nesta terça-feira, Colatto usou sua página no Facebook para criticar a escolha do general Franklimberg Ribeiro de Freitas para a presidência da Funai. Segundo o ex-deputado, o militar havia sido exonerado da própria Funai no governo de Michel Temer a pedido da Frente Parlamentar Agropecuária "por ser onguista e petista". "Começamos mal na Funai" , completou.
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