CONDENAÇÃO DE LULA 4: A exemplo de Moro, juíza também não consegue estabelecer o nexo entre os contratos com a Petrobras e o tal sítio
A exemplo de seu antecessor, Sérgio Moro, também Gabriela Hardt não conseguiu, em sua sentença, estabelecer um nexo entre os contratos da Petrobras e o dinheiro que financiou as reformas. De resto, eram contratos de muitos milhões, e todo o suposto benefício indevido a Lula soma R$ 1.020.500: R$ 150,5 mil de José Carlos Bunlai; R$ 170 mil da OAS e R$ 700 mil da Odebrecht. No caso das duas empreiteiras, estamos falando em R$ 870 mil. Para que vocês tenham uma ideia das desproporção: a juíza fixou multa de estratosféricos R$ 85.431.010,22 para o caso, valor que, segundo ela, é "equivalente ao destinado para núcleo de sustentação da Diretoria de Serviços da Petrobrás nos contratos relacionados" com a Odebrecht e a OAS. Lula, o suposto chefe do esquema todo, teria se contentado com 0,1% não do valor dos contratos, mas do valor dos desvios. Poder-se-ia concluir com sarcasmo: ele não sabe roubar. Mas o ponto é outro e é sério: a condenação se assenta explicitamente na suposição, sustentada pelo Ministério Público e acatada pela juíza, como fora antes por Moro, que Lula era o responsável maior pelo esquema que se instalou na Petrobras. Pode até ser. Mas esse inquérito e outro: é o tal do quadrilhão.
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