CALMA, GUEDES 4: No momento em que a reforma da Previdência precisa de apoios, titular da Economia resolve atacar sindicatos
Deixando claro que se referia a sindicatos patronais e de trabalhadores, afirmou:
"A única certeza que os sindicatos podem ter é que a vida não vai ser como antigamente, onde os líderes sindicais têm uma vida muito boa à custa dos trabalhadores que não têm emprego nem benefícios previdenciários corretos (…) Existem 46 milhões de trabalhadores brasileiros que não conseguem contribuir e vão envelhecer. A Previdência não vai conseguir tomar conta deles se não fizermos as reformas. Esses interesses corporativos de sindicatos, seja de trabalhadores, sejam patronais, são de falsas lideranças que aprisionaram o Brasil num sistema obsoleto, que cria desemprego, fabrica privilégios, sustenta diferenças e iniquidades. E pior, está afundando o país".
É claro que a reforma é necessária. O sistema já está quebrado. Mas falta habilidade política à turma. Guedes voltou àquela antítese que bota o terror, mas não mobiliza aliados: escolher emprego com menos direitos ou mais direitos e menos emprego. O discurso à beira do abismo não funciona em política. O governo Bolsonaro precisa, com urgência, de um articulador político. Guedes tem de se lembrar que já há prosélitos demais na Câmara e no Senado. E são igualmente imodestos: no caso destes, na quantidade de bobagem.