O GENERAL E O MST 3: O movimento tem de parar não é de hoje com a sua fantasia de cartório revolucionário: modelo já se esgotou
Se o MST quer ser um interlocutor — e não do governo, mas da sociedade —, então é preciso que pare com a sua fantasia revolucionária, transformada, vamos convir, numa espécie de cartório, e passe a negociar com o ente estatal que cuida dessa questão, com a legitimidade que lhe confere o regime democrático. João Pedro Stedile vai ter de conversar mais e de vituperar menos. Notem: do meu ponto de vista, isso independe de quem está no governo. Faria a mesma defesa se Fernando Haddad tivesse sido eleito — embora, nesse caso, suponho, o petista não fizesse tal exigência.
Jesus Correa faz uma afirmação sobre a reforma agrária que não chega a ser um ovo de Colombo, mas que tem ser explicitada, sim, até porque o debate anda brutalizado por aí:
"Pela própria estatura dele, [o Incra] tem uma importância fundamental para o Brasil, principalmente a prioridade na execução da reforma agraria, no ordenamento fundiário. Ela [a reforma agrária] é de grande importância para os produtores, para quem precisa de terra. [O Incra é] uma autarquia com uma responsabilidade social muito grande. [A reforma agrária] é muito abrangente e pega todos esses campos, do aspecto social ao aspecto econômico. A questão fundiária sempre foi tratada com enorme relevância."
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