ABERRAÇÃO 1: Bolsonaro e filho submetem um ministro de Estado a uma humilhação inédita na República. Será isso bom para o país? Não!
Gustavo Bebianno foi submetido à maior humilhação pública de que a Política tem notícia em muitos anos. Sim, mandatários já praticaram antes deselegâncias. Lula, por exemplo, demitiu Cristovam Buarque, seu primeiro ministro da Educação, por telefone. Em tempos um pouco mais decorosos — inclusive no petismo —, ouviu-se um "Ohhh". O presidente Jair Bolsonaro tratou Bebianno não como adversário, mas como inimigo. Na prática, este foi demitido, embora diga que não sai. O protagonismo assumido por Carlos — o filho do meio, o "Zero Dois", o "pitbull" — é de uma truculência inédita, calculada e, em muitos aspectos, malsã. Porque põe numa situação difícil o próprio governo. O problema é que, como se viu, ele contou com anuência do pai, em quem parece exercer uma influência que chega a ser assustadora para padrões republicanos. Será que isso é bom para o país e para as reformas? Não.
Continua aqui