ABERRAÇÃO 2: Bolsonaro retuíta a barbaridade escrita pelo filho, demoniza Bebianno e leva a crise para o Palácio do Planalto. É assombroso!
A história já é mais do que conhecida. Com os laranjas do PSL a se multiplicar, Bolsonaro resolveu arrumar um responsável, um bode expiatório. A deixou claro: é coisa de Gustavo Bebianno, a culpa é dele. E não se fez questão nenhuma de esconder a coisa da imprensa. Acuado, o ministro tentou a "Saída 17" do Manual de Sobrevivência Política. Disse que estava tudo bem, que não existia crise nenhuma e que já havia falado com o presidente três vezes. Ocorre que Carlos Bolsonaro (foto) havia gravado a resposta que o pai dera a seu ministro. Não podia conversar. Não queria papo. O Segundo Filho foi ao Twitter, desmentiu o ministro — desafeto desde a campanha — e ainda colocou no ar o áudio do pai. Sem a anuência deste? Viu-se que não. O pai retuitou o filho. E, com esse clique, demitia o seu ministro. Como a dispensa não foi formalizada, este afirmou que não sai. Bem, a pergunta é necessária, ainda que apenas retórica: caso Bebianno fique, que voz ativa terá? Quem vai querer falar com ele? Que garantia pode oferecer ao interlocutor de que fala com a anuência do presidente?
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