O que Bolsonaro espera para demitir o ministro do Turismo? Ou ainda: Brasil acima de tudo; Deus acima do laranjal...
Jair Bolsonaro entregou nesta quarta ao Congresso uma reforma da Previdência, vamos dizer, contundente. Faz o que tem de ser feito a seco. Até o mercado ficou meio desconfiando, achando que não vai ser bem assim… De todo modo, exigirá desprendimento dos senhores parlamentares. E o governo precisa, se possível, ser sério e parecer sério.
Convenham: depois da demissão de Gustavo Bebbiano, a permanência na Esplanada de Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo, chega a ser um acinte. Por que não demitir já? Quem faz o mais faz o menos. Ou condição para cair fora é brigar com Carlos Bolsonaro?
Informa a Folha:
"A aposentada Cleuzenir Barbosa entregou ao Ministério Público mensagem em que um assessor parlamentar do hoje ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), cobra a devolução de verba pública de campanha para destiná-la a uma empresa ligada a outro assessor do político.
As mensagens tratam de uma conversa, pelo aplicativo do WhatsApp e durante a campanha eleitoral, entre Cleuzenir, então candidata a deputada estadual pelo PSL em Minas, e Haissander de Paula, que trabalhava na época como assessor do gabinete de Álvaro Antônio na Câmara dos Deputados."
Como se nota, o tal Haissander não poupa nem o nome do Senhor:
"O nosso Deus sabe de todas as coisas. Preciso que você transfira a metade do valor pra conta da gráfica. Estou indo para pagar o restante do meu bolso".
Isso é que é dedicação!
Como a gente vê, é uma derivação prática do lema da campanha de Bolsonaro: "Brasil acima de tudo, Deus acima do laranjal".
