FIM DO CELIBATO 3: São Pedro, fundador da Igreja, tinha sogra. Instituição viveu 4 séculos sem a interdição ao casamento
A Igreja Católica modernizou-se em muitos aspectos. Numa mirada histórica, mudou com velocidade considerável. Certos setores se encarregaram se submeter até seus dogmas a um processo de laicização, de que a Teologia da Libertação é expressão evidente, mas se aferra a algumas escolhas que atenderam a conveniências de época e que hoje se mostram fonte de desgaste e de humilhação. É o caso do celibato, instituído no ano 390 — portanto, ela viveu quase quatro séculos sem ele. Sei que vou entrar numa pinima danada.
O fato é que o celibato é matéria apenas de interpretação, nada mais. Torná-lo uma questão de princípio, como é a defesa da vida — e, por exemplo, a rejeição ao aborto —, é superestimar uma (o celibato) e rebaixar outra (a defesa da vida).
Na minha Bíblia — e na sua também, leitor amigo —, São Pedro tem sogra. Sei que sou aborrecidamente lógico às vezes, mas é de se supor que tinha ou teve uma mulher. Está lá em Mateus 8:14-15:
"E Jesus, entrando em casa de Pedro, viu a sogra deste acamada, e com febre. E tocou-lhe na mão, e a febre a deixou; e levantou-se, e serviu-os".
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