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Reinaldo Azevedo

Deputada do PSL troca o Hino Nacional pelo da Bandeira e lamenta que, hoje em dia, o errado seja considerado o certo...

Reinaldo Azevedo

26/02/2019 21h26

Alana Passos com Bolsonaro, mito inspirador: para ela, certo é certo, errado é errado. Já o hino…

Delicioso o registro feito por Fernando Molica na Veja.com.

A deputada estadual Alana Passos (PSL-RJ) demonstrou que esta pronta para voos maiores. Se um dia Jair Bolsonaro resolver recriar o Ministério da Cultura, sem essa de entregar a pasta a Alexandre Frota. Um valor mais alto se alevanta.

A moça resolveu endossar a iniciativa do ministro da Educação Ricardo Vélez Rodriguez, que pretende que o Hino Nacional volte a ser executado nas escolas. Alana resolveu dar a sua contribuição e se manifestou assim no Twitter:

"Sou do tempo que respeitávamos as autoridades! cantávamos: salve o lindo pendão da esperança, salve o símbolo augusto da paz. Vivemos uma desconstrução de valores, onde o errado é certo, e o certo é errado. Pátria amada Brasil! #HinoNacionalSim".

Alana está certa!

Ela realmente é fruto de uma desconstrução de valores, o errado passou a ser o certo, e o certo, o errado.

O hino que ela citou não é o Nacional, mas o da Bandeira.

Deputada Alana, coloque o seguinte trecho da ordem direta:
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante".

Identifique, em seguida, sujeito, objetivo direto, núcleo do sujeito, núcleo do objeto e adjuntos adnominais.

Chegou a hora de a sabedoria triunfar sobre toda coisa vã.

O problema dessa gente não é a ignorância. Em certa medida, vá lá, ignorantes todos somos.

O que impressiona é o desassombro.

Ah, sim: não é "o lindo". Só "lindo". Sem o artigo. O artigo, deputada, no caso, é o "o".

Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.