O Ernesto das Relações Exteriores agora conta mentira sobre imprensa e a Coreia do Norte para justificar asneira que disse
Entre os muitos e óbvios defeitos do sr. Ernesto Araújo, que o desqualificam para o cargo de ministro das Relações Exteriores, está o desapareço pela verdade.
Depois de ter pagado o mico de lustrar a biografia sangrenta do tirano Kim Jong-un, amiguinho de Donald Trump, seu guia espiritual, moral e religioso, além de tentar demonstrar que a Coreia do Norte não é um lugar assim tão ruim, ele resolveu atacar a imprensa que, ora vejam!, no mais das vezes, apenas registrou a sua fala em entrevista à GloboNews.
E se revelou, mais uma vez, o leão que ruge no Twitter e que tartamudeia, tímido e acanhado, quando tem de dar uma resposta ao vivo. Nem a sintaxe o socorre com precisão. É do tipo que abusa do "onde" como pronome relativo, que é um índice de incultura profunda, que ele consegue revestir com seu glacê de referências de intelectual de circense — com todo respeito ao circo.
Só para lembrar: nesta segunda, ao responder por que o diálogo com um ditador como Kim Jong-un é aceitável, mas não com Nicolás Maduro, da Venezuela, o bruto afirmou o seguinte:
"São situações diferentes – são situações geopolíticas muito diferentes. O caso da Venezuela realmente é um caso onde o regime está oprimindo o seu povo de uma maneira brutal, fazendo seu povo passar fome, não ter acesso, inclusive atirar nas pessoas que tentam ter acesso à ajuda humanitária…"
Ao ser lembrado que a Coréia do Norte faz a mesma coisa, emendou:
"É, enfim, não sei se necessariamente é com esse grau de brutalidade que se viu nesse fim de semana. São situações que não necessariamente se podem comparar; aqui existe toda essa mobilização regional, que não existe lá. Aqui, no fundo, o grande motor do diálogo é o Grupo de Lima, países latino-americanos e o Canadá, que não existe lá. Então existe esse mecanismo de pressão aqui…"
Dada a reação de espanto de muita gente, ele se saiu com a seguinte estupidez no Twitter:
"Curioso: a mídia internacional (e a nacional que a copia) só passou a chamar Kim Jong Un de ditador depois que ele começou a negociar com Trump. Antes era "o líder da Coreia do Norte" ou algo respeitoso. A mídia não é contra as ditaduras, a mídia é contra o Ocidente democrático."
É mentira!
Por que ele não prova o que diz? Por que não existe textos publicados na imprensa brasileira — exceção feita a autores de esquerda, e olhe lá: a Coreia do Norte não seduz uma parcela de esquerdistas — provado a sua tese. Falou bobagem e quer agora encontrar uma justificativa. Ajudou a empurrar o Brasil para a escolha errada no caso da ação contra a Venezuela, foi desautorizado pelos militares e se esforça agora para esconder o próprio vexame.
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