FIM DO SHOW 3: Bolsonaro tem de ouvir aulas de Rodrigo Maia, não de Olavo
Vejam lá. Agora Bolsonaro diz que Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, estaria sendo agressivo… A resposta de Maia, que esteve, neste sábado, com João Doria, governador de São Paulo, não poderia ser mais precisa:
"Eu não uso as redes sociais para agredir ninguém. Eu uso as redes sociais para dar informação aos meus eleitores, à sociedade brasileira. Você pode pesquisar os meus tuítes, os do presidente e do entorno do presidente, para você ver quem está sendo agredido nas redes sociais. Aí você vai poder chegar à conclusão de que há uma distorção na frase do presidente".
O presidente da Câmara ainda lembrou de algo elementar:
"Numa democracia o Poder Executivo não está acima dos outros Poderes; estão todos dialogando entre si".
Não se trata de leitura enviesada. Apenas de um fato. Aquele que é o principal fiador da reforma da Previdência virou alvo de Sérgio Moro, de Carlos Bolsonaro, de Filipe Martins (assessor especial da Presidência) e do próprio Bolsonaro. Por quê? Moro tem seu próprio projeto de poder, casado apenas taticamente ao de Bolsonaro. A propósito: vocês já o viram a defender a reforma da Previdência? Carlos, o tal Filipe e o próprio presidente encarnam um delírio reacionário de volta a um passado idealizado que são incapazes de explicar porque essa é uma alucinação de Olavo de Carvalho, como explica com clareza Demétrio Magnoli em sua coluna na Folha deste sábado.
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